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quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Itamaraty terá cotas para negros

Brasília - O Ministério das Relações Exteriores terá cotas de 10% para negros a partir de 2011, no concurso que selecionará diplomatas. A portaria com o novo critério foi publicada no Diário Oficial da União na semana passada.



O concurso, aplicado pelo Instituto Rio Branco, deverá acontecer no primeiro semestre do ano que vai e oferecerá 26 vagas. Os candidatos negros, serão identificados pelo critério da autodeclaração no momento da inscrição. As cotas serão aplicadas somente na segunda das quatro fases da seleção. 

De acordo com o Itamaraty, as exigências para o candidato chegar à segunda fase não serão alteradas. Atualmente, o concorrente precisa acertar, no mínimo, 40% das questões da prova objetiva, composta por questões como língua portuguesa, história do Brasil, política internacional, língua inglesa, entre outras. Para passar para a fase seguinte, também precisa estar entre as 300 melhores notas.

Entre a segunda e terceira fase das provas, o candidato precisará acertar, no mínimo, 60% do total da prova a fim de passar para a quarta e última fase.

“A ideia é que a pessoa passe no concurso pelos seus próprios méritos. O instituto vai facilitar um pouco mais na segunda fase para os afrodescendentes, mas a seleção vai seguir os mesmos rigores”, informou a Assessoria de Imprensa.

O concurso do Instituto Rio Branco é considerado um dos mais disputados do Brasil. Em 2010, foram oferecidas 108 vagas para 13.771 inscritos. Todos os 108 aprovados já foram nomeados, segundo o Itamaraty. As provas do próximo ano, que ainda não têm data marcada, serão realizadas em todas as capitais do país. O edital do concurso deve ser publicado até o final de fevereiro.



fonte: Afropress

segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

CNPIR tem novos conselheiros para biênio 2010-2012


Evento de posse também marca a entrega de decretos e títulos de terra a comunidades quilombolas
O Conselho Nacional de Promoção da Igualdade Racial (CNPIR) passou a ser composto por 44 membros, representantes do governo e sociedade civil.  A cerimônia de posse aconteceu, na última terça-feira 14 de dezembro, no Salão Monumental II, do Hotel Grand Bittar, em Brasília.
Os novos integrantes do CNPIR assumirão o conselho para o biênio 2010-2012, com a finalidade de propor, em âmbito nacional, políticas públicas para a população negra e outros segmentos raciais e étnicos do país.
Durante o discurso de posse, um dos novos conselheiros, Cristiano Xadê, que representa a Coordenação Nacional de Entidades Negras (CONEN), destacou que o órgão é uma das vozes da SEPPIR, trabalhando por uma sociedade mais justa  com representação de povos negros, indígenas, ciganos, palestinos . “Temos que estar mais atuantes”, concluiu.
A representante da Secretaria Geral da Presidência da República no CNPIR, Quenes Gonzaga, fez uma apresentação das atividades e programas realizados pela SEPPIR nesses oito anos de governo. Para o ministro Eloi Ferreira de Araujo “este é um momento de balanço. Nesses oito anos, o Brasil avançou muito na questão racial, mas muito ainda tem que ser feito. O presidente Lula chamou atenção do estado brasileiro para combater o racismo. Um gesto de sensibilidade e coragem”.
O evento também marcou a entrega de decretos e títulos de terra para as comunidades quilombolas. O presidente do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA), Rolf Rackbart e o ministro da Igualdade Racial, Eloi Ferreira de Araujo fizeram a entrega dos certificados dos decretos que declaram de interesse social, para fins de desapropriação, os imóveis abrangidos pelos  territórios quilombolas de Dandá, no município de Simões Filho, na Bahia; Kalunga do Mimoso, de Arraias e Paraná, no  Tocantins; Salamina Putumuju,no município de Maragojipe, na Bahia; Parateca e Pau D’Arco, no município de Malhada, na Bahia; Serraria e São Cristóvão, município de São Mateus, no Espírito Santo; Invernada dos Negros, no município de Campos Novos e Abdon Batista, Santa Catarina; Casca, município de Mostarda, Rio Grande do Sul e Morro Seco, município de Iguape, São Paulo.
Segundo o presidente do INCRA,  “hoje já são 11 mil famílias beneficiadas. 119 relatórios de decreto e titulação foram publicados e nenhum foi negado. Por isso, se organizem, busquem mais unidade” orientou Rolf Rackbart.
De acordo com levantamento da Fundação Cultural Palmares, atualmente há no Brasil, 3.524 comunidades identificadas. Bahia, Maranhão, Minas Gerais, Pará, Pernambuco, Piauí e Rio Grande do Sul concentram a maior quantidade de comunidades remanescentes de escravos do país.
Por Comunicação Social da SEPPIR/PR

Pelotense vence concurso Top Mirim da Xuxa


A pelotense Alice Farias Ávila, de apenas quatro anos, acaba de ser consagrada vencedora do concurso Top Mirim, organizado pelo programa TV Xuxa, da Rede Globo. Desfiles, sessões de fotografia, filmagens e aulas, algumas delas inclusive dadas pela própria Rainha dos Baixinhos, decidiram os rumos da competição. 

Foram duas semanas no Rio de Janeiro dedicadas aos treinos e gravações, que ocorriam diariamente, das 10h às 17h30min. “Eu gostava mais de desfilar. Quem me ensinou foi o meu pai. A gente começou a treinar antes, em casa”, diz a vencedora.
Na final, exibida na manhã deste sábado (18), Alice foi avaliada junto a outras duas meninas por Angélica, Fernanda Tavares, Solange Meneghel e Eli Hadid, da agência Mega Models. Com 115 pontos, a pelotense desbancou Maria Vitória Ferreira (113) e Luísa Bastos (110).

A mãe, Geneci Ávila, conta que muitas pessoas se surpreendiam ao se deparar com a “menina da Xuxa” pelas ruas e que a pequena inclusive já foi abordada por fãs que buscavam uma foto com a minicelebridade. “Uma mulher parou perguntando se era ela. Desceu do carro e pediu para tirar foto”, conta Geneci, que disse já ter saído com a filha disfarçada, de tranças e boné, para esconder a cabeleira. “Nem assim adiantou”.

A Top Mirim 2010, foi presenteada com um book, um vídeo book, um contrato com uma agência de modelos e já foi fotografada por grandes nomes como Fernando Torquato. Cheia de planos, a pequena modelo já sabe onde investir os prêmios conquistados. “Quero comprar o meu quarto. Todo rosa”, adianta.
fonte: Diário Popular

sábado, 11 de dezembro de 2010

Luiza Barrios é a ministra da SEPPIR com benção de Wagner



Brasília - Nem Vicentinho, como queria a Coordenação Nacional de Entidades Negras (CONEN) – articulação de lideranças mais próximas ao PT -, nem Elói, como pretendia o grupo do ex-ministro Edson Santos, atualmente no poder: a nova ministra chefe da Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (SEPPIR) é a socióloga Luiza Barrios, atualmente Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial da Bahia.




Ela aceitou o convite da presidente eleita Dilma Rousseff e se comprometeu a costurar apoio de movimentos sociais ao seu nome, como condição para que seja confirmada no cargo. Barrios, é gaúcha, ligada ao PT e preenche outros dois critérios adotados pela nova presidente: é mulher e negra.

Além de ter caído nas graças de Dilma, que teria se encantado com a sua desenvoltura, desde quando a presidente era ministra da Casa Civil, a nova ministra teve ainda a benção do governador baiano, Jacques Wagner.

Com o anúncio de Barrios confirmada – já que o apoio dos movimentos sociais a que se refere são negociações com a UNEGRO (União de Negros pela Igualdade), corrente ligada ao PC do B, e com a própria CONEN, que reúne os negros ligados ao PT – saem derrotados, a própria CONEN, especialmente os negros de S. Paulo, e o grupo do ex-ministro Edson Santos, que apostou suas fichas na manutenção do atual ministro Elói Ferreira de Araújo, no cargo.

Em entrevista esta semana à Afropress o ministro celebrou o lançamento de um manifesto de lideranças do Rio em apoio ao seu nome e disse que aceitaria permanecer, preocupado em não criar constrangimentos à presidente eleita. Chegou a antecipar planos, caso viesse a ser convidado, como construir o Museu da Escravidão.

Por sua vez, os apoiadores de Vicentinho também lançaram manifesto em que destacam sua história política no movimento sindical e a luta contra o racismo.
                
                 Por: REDAÇÃO  - Fonte: AFROPRESS - 11/12/2010