Nego Drama

domingo, 26 de setembro de 2010

Adolescentes negras em revista.

Como a adolescente negra é representada nas revistas voltadas ao público dessa faixa etária? Essa questão norteou pesquisa desenvolvida por Carolina dos Santos para sua dissertação de mestrado apresentada em agosto de 2009. A professora Nilma Gomes, da Faculdade de Educação da UFMG, orientou o trabalho.
A pesquisadora conta que a primeira motivação para sua investigação se deu a partir de uma experiência pessoal: “como adolescente negra eu não conseguia me identificar com as modelos que apareciam nas revistas”. Mais tarde, como professora de história, ela percebeu que suas alunas liam as mesmas revistas e que o discurso permanecia o mesmo. Após algum tempo, Carolina notou que as adolescentes negras passaram a ter espaço nessas publicações e decidiu analisar como isso ocorria.
Por que você optou por analisar a revista Atrevida dentre as publicações para adolescentes disponíveis no mercado?
No início, a ideia era trabalhar com Capricho e Atrevida. A Capricho porque eu era leitora da revista, comecei a ler a Atrevida há menos tempo. As duas têm a maior tiragem e circulação, além disso, são muito parecidas. Porém, a Atrevida tem a singularidade de ser da mesma editora da revista Raça Brasil [publicação voltada ao público negro]. Isso me levou a optar por ela, pois dentro da editora já se discute a questão da imagem do negro.
Como a adolescente negra é tratada na revista Atrevida?
A publicação segue um ideal de beleza branco europeizado, bem demarcado. Quando há outra aparição, como a adolescente negra, ela serve como um gancho para dicas de como minimizar as diferenças e se aproximar, ao máximo, do ideal de beleza perpetuado pela revista. A jovem negra tem aparições esporádicas no lugar do exótico e alternativo, ou seja, no lugar do outro. Isso acontece também com as asiáticas e com as indígenas, embora apareçam menos. Outras diversidades, como diferenças de peso e homossexualidade também quase não são abordadas. A diferença é contemplada para ensinar a ser igual: você tem a diferença, mas a Atrevida te ensina a acabar com ela.
Algum aspecto chamou mais sua atenção?
O que mais me marcou foi a questão dos lábios. Em várias edições, o discurso é o mesmo: os lábios grossos e carnudos não devem ser destacados, mas sim afinados. A Atrevida ensina várias técnicas, que se repetem nas edições, de como a leitora que tem os lábios grossos pode disfarçá-los. Isso acontece também com o nariz e o com cabelo. No discurso, sempre aparece a ideia de que o cabelo tem que ter brilho, maciez e balanço, o que não é característico de um cabelo crespo.
O modo como a questão racial é tratada na revista é um reflexo de nossa sociedade?
Quando fazemos uma leitura desatenta, pensamos que a revista não opera com a questão racial. Porém ela é ambígua, assim como o racismo brasileiro, ou seja, mesmo não nomeando, explicitamente, suas leitoras como brancas, ela faz isso quando insere a adolescente negra. Isso porque, quando a publicação introduz o outro, ela mostra o tipo de adolescente que ela privilegia. É uma revista que também configura um tipo ideal de comportamento feminino, que é uma mulher que tem que pensar sempre no sexo oposto e em como se comportar para atingir isso. O que resume bem é a ideia da “branquitude normativa”: o branco é o representante da espécie, os outros são os outros. Isso está bem dentro do contexto das relações raciais no Brasil.
Mesmo com os problemas apontados em sua pesquisa, você considera que esse material pode ser utilizado pelos professores em sala de aula?
Primeiro, é preciso tirar a revista desse lugar marginal. A lembrança de que tenho, como aluna e mesmo como professora, é a de o aluno lendo escondido esse tipo de publicação, debaixo da mesa e depois passando para o colega do lado. O que pode ser feito é focar nesse material. Essas revistas pretendem ser instrutivas em algum sentido, com seções que falam, por exemplo, sobre profissões. Os professores poderiam usar alguns desses textos para problematizar carreiras. Além disso, elas pretendem tratar de temas atuais. Mesmo que as discussões propostas não sejam completamente satisfatórias, elas podem ser um ponto de partida ou um pretexto para trabalhar outros temas.
(Centro de Alfabetização, Leitura e Escrita – Ceale – da Faculdade de Educação da UFMG)


sexta-feira, 24 de setembro de 2010

A BIBLIOTECA NEGRA DE PELOTAS E O CLUBE FICA AHÍ. CONVIDAM PARA O V CICLO CONVERSAS

A Biblioteca Negra de Pelotas e o Clube Fica Ahí realizarão uma nova edição do ciclo de conversas. O principal objetivo das conversas, tem sido um diálogo com os participantes sobre temáticas que envolvem a cultura negra

PROGRAMAÇÃO:


25/09.  Ivete Oliveira da Silva: O Negro na educação. Mudando práticas e posturas na escola: a lei 10639/03.
02/10. Caiuá All Allam: O Negro e a pena de morte em Pelotas.
09/10. Beatriz Loner; Operariado e o negro em Pelotas.
16/10. Junara Ferreira Nascentes: O negro na saúde pública e o racismo institucional.
23/10. Jandir Zanotelli. Ciclo Filosofia Africana: Filosofía Africana?
30/10. Jandir Zanotelli. Ciclo Filosofía Africana: A obra de Cheick Anta Diop.
06/11. Jandir Zanotelli.  Ciclo Filosofia Africana: A polêmica sobre a etno-filosofia.
13/11. Jandir Zanotelli. Filosofia Africana: Os sinais africanos da filosofia.
20/11. Amaury Mendes Pereira: O movimento negro e a crise da teoria social do Brasil 



Haverá certificados para os assistentes,  entrada é totalmente gratuita.


Denúncia: salão de beleza nega-se a cortar cabelo de criança negra

 Funcionários do “Salão Fascínio”, localizado no andar térreo do Shopping Itaigara, em Salvador, recusaram-se hoje, dia 23 de setembro, a cortar o cabelo de uma criança negra, de seis anos, recomendando a mãe
que “passasse a máquina”, pois aquele cabelo “não dava para ser cortado,
nem desembaraçado”. A mãe da criança, a jornalista Márcia Guena, acusou os funcionários e a dona do salão de racismo e logo procurou a administração do shopping para formalizar a denúncia. Neste caso
configura-se um duplo crime por tratar-se de racismo e de violação ao Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), por expor umacriança a uma situação vexatória.

Acompanhado da mãe, o menino M.S.G.S.O. entrou no salão por volta das 18:30, do dia 23 de
setembro, quando Guena solicitou ao único funcionário homem do salão, para quem foi indicada pela atendente Selma (a qual foi identificada como dona do salão), um corte estilo “black”, mas não muito alto. O funcionário então respondeu que para “aquele cabelo” só dava para “passar a máquina”. A mãe então disse: “eu não
solicitei que passem a máquina, mas que cortem o cabelo do meu filho. Eu já indiquei o corte que desejo”. O atendente repetiu: ”só dá pra passar a máquina”. Guena retirou a criança da cadeira e saiu imediatamente
do salão para não expor a criança a uma discussão motivada pelo racismo explícito. Mas diante da violência cometida contra a criança, que foi exposta a uma situação vexatória, e a recusa de cortar o cabelo de um negro, a mãe voltou com a finalidade de procurar a gerente e formalizar a denúncia de racismo.

Ao retornar, Guena disse para Selma que a recusa em cortar o cabelo de seu filho configurava-se racismo, um crime inafiançável e que iria formalizar a denúncia junto ao Ministério Público. Selma, identificada como
Maria Tavares de Oliveira, contestou dizendo que a mãe estava errada e que seus funcionários disseram que não sabiam cortar o cabelo da criança e que seria muito difícil desembaraçá-lo. Por isso, sópoderiam
passar a máquina, insistindo na resposta inicial do funcionário.

A mãe retirou-se do local e procurou a administração do Shopping. Guena foi recebida por Alda, que se identificou como administradora, e reconheceu a gravidade do problema, confirmando tratar-se sim de uma
situação de racismo. Imediatamente ligou para Selma (Maria Tavares Oliveira) reclamando da forma como foi realizado o atendimento.

Texto enviado pela jornalista Márcia Guena
Contatos: marciaguena@gmail.com

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

A NOITE DOS COMPOSITORES COM ENTREGA DO TROFEU AKIRA

A NOITE DOS COMPOSITORES                       COM ENTREGA DO TROFEU AKIRA 




15 COMPOSITORES PELOTENSES SERÃO HOMENAGEADOS.

SÁBADO DIA 25 DE SETEMBRO

HORÁRIO:21:00HS

CLUBE CULTURAL FICA AHÍ

INGRESSOS LIMITADOS NA KHAUTZ E SECRETARIA DO CLUBE

SHOW 
 EMERSON NUNES E BANDA

Happy Hour, Ensaio Aberto : Giamarê.Possidônio Tavares e Fábio Andrade

Neste sábado dia 25/09/10 a partir  das 19:00

Happy Hour e ensaio aberto com Giamarê, .Possidônio Tavares e Fábio Andrade

Local: Estímulo, Centro de Arte e Movimento, rua Barão de Sta Tecla nº 768
Esperamos todos lá

ProUni é exemplo de cotas.


Ministro da educação Fernando Haddad
Ministro da Educação destaca que os cotistas do programa têm desempenho superior aos não cotistasAgência Brasil Brasília – O ministro da Educação, Fernando Haddad, disse nesta quinta-feira (23), durante o 10º Encontro Nacional de Assuntos Estratégicos, que no Programa Universidade para Todos (ProUni) foi possível ver o acerto da política de cotas. “O ProUni é um modelo de cotas e vemos que a qualidade dos alunos não caiu. Pelo contrário, os alunos têm desempenho superior ao dos não cotistas”, afirmou.
Haddad criticou a tese defendida pelos críticos das cotas, segundo os quais o sistema estimularia o conflito racial. “O conflito não aconteceu, pelo contrário, a diversidade se impôs, e nada melhor que brancos convivendo com negros. Conviver com a diferença é um elemento fundamental da educação. Se você não sabe conviver com a diferença, não está educado”, destacou.
O ministro da Promoção da Igualdade Racial, Elói Ferreira de Araújo, salientou que um dos principais desafios para o próximo governo é o combate ao racismo. “O Estado brasileiro precisa superar o racismo. O mito da democracia racial sempre povoou os olhares de estudiosos e da inteligência nacional e apenas colaborou com a segregação”, disse Araújo.
Segundo ele, o acesso à educação da população negra sobressai dentre as ações afirmativas. “Hoje 300 mil jovens pretos e pardos estão nas universidades brasileiras por meio do ProUni e mais 50 mil com os sistema de cotas das próprias universidades”, salientou
O ministro da Cultura, Juca Ferreira, apontou o caráter estratégico da cultura para o desenvolvimento do País e destacou o aumento do orçamento da pasta, que passou de 0,2% (R$ 236 milhões) para 1,3% (R$ 2,5 bilhões).
“Antes a cultura não era tratada como uma política pública. Hoje sabemos que ela é responsável por 6% do PIB [Produto Interno Bruto, soma de todos os bens e serviços produzidos no País] nacional e incorpora quase 7% da mão de obra com carteira assinada. Não dá para pensar que o desenvolvimento cultural é uma espécie de perfume que emana no desenvolvimento econômico. É preciso investimento”, disse o ministro.
Para ele, mais importante que o orçamento é pensar na ampliação do acesso da população à atividade cultural. “A cultura é um direito de todos, e o Estado tem o dever de proporcionar o acesso a esse direito.”
O tema principal do 10º Encontro Nacional de Assuntos Estratégicos é “Rumo a 2022: Estratégias para a Segurança e o Desenvolvimento do Brasil”. O evento termina amanhã (24).


domingo, 12 de setembro de 2010

Gaúchos lançam Negra mais Brasil 2010

Montenegro/RS - Os sete clubes sociais negros que integram o Coletivo de Sociedades Negras do Rio Grande do Sul, lançaram, na semana passada (05/09) o crongorama de inscrição e premiação do Concurso da “Negra Mais Brasil 2010”.

O Concurso – que elegerá a Negra mais bonita do Brasil -, está em sua segunda edição e promete movimentar os clubes sociais negros para a escolha das representantes em Canoas, no dia 04 de dezembro. A vencedora ganhará um computador notebook. 

A coordenadora do Coletivo de Sociedades Negras e presidenta da Sociedade Négo Futebol Clube, Isabel Landin, o Concurso “Negra Mais Brasil” é considerado um dos maiores
concursos de beleza negra do Brasil. 

“Mas, muito além da beleza das jovens candidatas,o Negra Mais Brasil demonstra a cultura e organização de nossos clubes e entidades negras”, salientou. 

Em 2008, a vencedora foi a representante da Associação Cultural e Beneficente Rui Barbosa, Pabline Correa, de Canoas. “Foi muito gratificante participar deste concurso e ter ficado com o título de Negra Mais Brasil durante estes dois anos. Aprendi muito sobre a cultura negra neste
período e espero que a próxima eleita também aproveite estes belos momentos”, Afirmou a vencedora.

A 1ª Princesa 2008, Débora Chimenes, também comentou a satisfação de representar o seu clube de Montenegro na corte do concurso. 

Inscrições -

O presidente da ACB Rui Barbosa, César Augusto, reforçou o convite para que todos os clubes sociais e entidades negras participem do Concurso, inscrevendo suas candidatas
e levando suas torcidas para Canoas. O endereço da entidade é rua Farroupilha,834, bairro Nossa Senhora das Graças, Canoas/RS. 

As inscrições podem ser feitas até o dia 26/11/2010. Informações sobre o Concurso pelos telefones (51) 8445.8754 e 3476.3199 ou pelo e-mail: sociedaderuibarbosa@gmail.com e
pelo site: www.resgaters.com.br . 

No lançamento do cronograma que aconteceu domingo passado, em Montenegro, estiveram presentes o presidente do Conselho de Desenvolvimento e Participação da Comunidade Negra do RS (Codene),Victor Hugo Amaro, o representante do RS na Comissão Nacional de Clubes Sociais Negros, Luis Carlos de Oliveira, que também é vice presidente da Associação Floresta Montenegrina. 
fonte; afropress

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Secretaria estuda recomendar criação de cotas raciais por decreto



Universidades devem ser orientadas para criação de cotas raciais.
Eloi Araujo informou que documento será apresentado até 20 de outubro.                                                                                                

    
  O ministro da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial, Eloi Ferreira de Araujo, informou ao G1 que um grupo de trabalho da secretaria trabalha atualmente em nota técnica que deve recomendar ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva que crie cotas para negros em universidades federais por meio de decreto.
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"Na nota técnica vamos tomar providências no sentido de buscar que pretos e pardos tenham direito de ingressar no ensino superior. A nota técnica poderá dizer que é necessário um decreto. Eu estou aguardando a finalização da nota técnica para marcar audiência com o presidente. Eu penso que um decreto é uma boa medida para adotar se não houver por parte de todo mundo a adoção da política de cotas", afirmou o ministro.
"A nota técnica vai orientar inclusive como as cotas deverão ser observadas pelas instituições de ensino superior. Algumas organizações imaginam que haja uma autonomia universitária. A autonomia não é absoluta, é relativa", completou o ministro.
De acordo com ele, a nota técnica será finalizada e entregue a Lula até o dia 20 de outubro, dia em que o estatuto entra em vigor. O texto foi sancionado pelo presidente no último dia 20 de julho e tem 90 dias para começar a vigorar.
Se a população é composta por 80% de pessoas que ganham até cinco salários, então vamos fazer isso [com as cotas sociais]. Se for qualquer outro número, é só para dizer que está fazendo. É coisa para inglês ver. É como se não tivesse havido a grande ofensa da escravidão e houve. Qualquer informação que não leve em consideração a gravidade que foi a escravidão, não é sequer educativa. Deveria observar os dois aspectos, sociais e raciais"
Ministro Eloi Araujo, ao criticar ações afirmativas de universidades que não considerem questões raciais
Logo após a aprovação do estatuto no Senado, antes da sanção presidencial, Eloi Araujo falou ao G1 que o estatuto permitia a criação de cotas sem que uma lei sobre o tema fosse discutida e aprovada por deputados e senadores. Na ocasião, o senador Demóstenes Torres (DEM-GO) disse que isso era uma tentativa de "golpe". "Isso é o que se chama de tentativa de fazer com que o Congresso brasileiro seja fechado ainda que esteja aberto. Essa matéria tão polêmica deve ser regulamentada evidentemente através de uma lei. (...) É o que se chama de falsa polêmica. O ministro se viu derrotado em uma posição e tenta dar um golpe".
De acordo com Eloi Araujo, não se trata de golpe porque a lei é clara. "A lei é soberana. É dura, mas é a lei. E prevê a adoção de ações afirmativas. O Congresso aprovou essa lei." Ele afirmou crer que uma definição sobre um eventual decreto para estabelecer cotas saia ainda neste governo.
Eloi explicou que o grupo de trabalho é formado por técnicos da secretária, como professores e advogados. Esse grupo será responsável pela nota técnica que vai dar uma diretriz sobre o que deve ser regulamentado no estatuto. Cinco temas devem ser priorizados: educação, trabalho, moradia, cultura e saúde.
"Nossa preocupação diz respeito ao propósito de contribuir com os amigos da Corte, aqueles que têm defesa de nossas ações. No Supremo Tribunal Federal (STF) temos ações muito perversas contra a população negra, contra cotas, contra o Prouni e contra as comunidades quilombolas. (...) Esse grupo está debruçado em oferecer subsídios nesses casos com base no estatuto."


Cotas sociais
O ministro afirmou ser contra universidades que privilegiam cotas sociais a cotas raciais. Estudo do Instituto de Estudos Sociais e Políticos (Iesp) divulgado no começo desta semana mostrou que 71% das universidades federais e estaduais já têm cotas com base em seus conselhos ou leis estaduais. A maioria das instituições, porém, favorece as cotas sociais, para quem vem de escola pública.
Segundo ele, ações afirmativas que só privilegiam o lado social, sem analisar a questão racial, devem ser revistas. "Essas medidas precisam ser revistas porque deveriam ser observados dados técnicos oferecidos pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Se a população é composta por 80% de pessoas que ganham até cinco salários, então vamos fazer isso. Se for qualquer outro número, é só para dizer que está fazendo. É coisa para inglês ver. É como se não tivesse havido a grande ofensa da escravidão e houve. Qualquer informação que não leve em consideração a gravidade que foi a escravidão, não é sequer educativa. Deveria observar os dois aspectos, sociais e raciais."
Para Eloi Araujo, no entanto, pode-se discutir por quanto tempo as cotas raciais seriam válidas. "Isso é justiça social e não precisa ser para sempre. Podemos estabelecer por um período, duas décadas, e depois analisar a evolução."
fonte: G1